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Projetos petroleiros no Brasil são incompatíveis com metas climáticas (ONGs)

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Os projetos petroleiros do Brasil somente poderão gerar lucro com temperaturas globais acima das metas acordadas internacionalmente, destaca um relatório elaborado por três ONGs divulgado nesta quarta-feira, a poucos meses de o país sediar a conferência climática COP30, da ONU. 

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que defende seus planos de combate ao desmatamento, é criticado por promover novos projetos petroleiros, inclusive em áreas próximas da Amazônia. Esses planos de expansão petroleira não são apenas prejudiciais ao meio ambiente, mas também são economicamente arriscados, apontam em um relatório o WWF-Brasil, Instituto Internacional para o Desenvolvimento Sustentável e a World Benchmarking Alliance. 

Os pesquisadores apontam que 56% da nova produção de petróleo do país e até 85% dos projetos da Petrobras serão "economicamente inviáveis em um mundo de 1,5°C" a mais, limite de aquecimento global estabelecido pelo Acordo de Paris em relação aos níveis de temperatura pré-industriais.

Segundo o relatório, "a nova produção só pode valer a pena em um mundo perigosamente superaquecido. Por outro lado, uma ação climática eficaz tornará obsoletos alguns ativos de combustíveis fósseis."

Na COP28, em 2023, a comunidade internacional concordou com o abandono progressivo dos combustíveis fósseis.

Maior produtor de petróleo da América Latina, o Brasil espera gerar 5,3 milhões de barris diários em 2030, frente a 4,68 milhões em abril deste ano, segundo números oficiais. Essas projeções incluem um megaprojeto polêmico da Petrobras em uma zona marinha de cerca de 350 mil km² na Margem Equatorial, a cerca de 500 km da foz do rio Amazonas.

"Os planos de expansão de petróleo e gás muitas vezes se baseiam em cenários com suposições questionáveis para enfraquecer a ação climática", apontam as ONGs no relatório.

O Congresso brasileiro avança em um projeto de lei que agilizaria a burocracia para a concessão de licenças ambientais, uma medida criticada por ambientalistas.

rsr/ffb/mr/lb

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